Cobertura completa, com fotos e tudo o que é preciso saber para ficar por dentro da premiação do Bom Gourmet está no site da Gazeta do Povo e nas mídias sociais, veja um dos links. Aqui, uma rápida passada pelo acontecimento, que neste ano seguiu os moldes da premiação do The World’s 50 Best World Restaurant. Deu certo.
Nos anos anteriores era difícil escutar os apresentadores e prestar atenção em quem estava recebendo o prêmio porque a festa rolava junto com a premiação, com bebida e comida era impossível controlar o ruído.
Acostumada a frequentar os prêmios internacionais, sabia que o formato funcionava melhor. Pelo jeito a maioria gostou da novidade, foi elogiada. Vamos amadurecendo.
Alguns profissionais e seus produtos, ou restaurantes são imbatíveis, como o chocolate da Cuore di Cacao, assim como os representantes do Badida pela carne e couvert e Júnior Durski pelo prêmio de melhor adega. Gostei também da premiação que ele recebeu pelo seu Durski Internacional Cuisine. Depois de um período fechado, o empresário reabriu a casa, que sem dúvida, é a melhor em termos de opção clássica.
Preciso destacar ainda o prêmio para a La Panoteca. Ver o reconhecimento dos pães de fermentação natural é muito importante. Entre os indicados duas boas novidades também Maçã e a Fábrika, ambas com produtos artesanais. Uma evolução.
Ainda conservadora
Sinto não ver a chef Manu Buffara entre os premiados, seu trabalho é reconhecido nacionalmente e até no exterior – acabei de compartilhar um link no facebook onde ela aparece entre os chefs que irão participar do projeto “shuffle” do Gelinaz. O evento faz com que os mais importantes chefs do mundo todo mudem de lugar e cozinhem em outros restaurantes e morem por uns dias no lugar do chef que “substitui”. Um orgulho ver Manu nesse grupo.
Com o seu trabalho, ela vai colocando Curitiba no mundo internacional da gastronomia. Um colega me disse que talvez seja porque sua atuação esteja mais voltada para esses mercados. Pode ser, mas é uma surpresa seu nome não aparecer na premiação. Curitiba continua conservadora. A pizzaria Bresser também não recebeu nenhum voto, o que é uma novidade, costumava ganhar. A casa sempre cheia e a qualidade da comida não deixam dúvidas de que merecia pelo menos a indicação.
Chamada para entregar um dos principais prêmios, menu completo, fiquei emocionada ao ver a lembrança e o reconhecimento pela causa que defendo há alguns anos – criar uma identidade e aperfeiçoar nossa cozinha, assim como valorizar e promover nossos talentos.
Antes de finalizar, não posso deixar de falar sobre a subida da Gabriela Carvalho ao grupo dos “chefs cinco estrelas”. Autêntica, soube inovar desde o início do seu restaurante Quintana, toma com propriedade bandeiras, como o uso de ingredientes orgânicos, entre outras causas. Reconhecimento mais do que merecido. Em geral, sobre o prêmio e a nossa gastronomia, ainda temos um longo caminho de evolução pela frente. E você leitor, o que acha?