Quem não quer comida boa e barata? Repito o mantra incansavelmente. Vamos aos exemplos sobre o assunto, que virou moda. A feira já tradicional da praça Espanha vai receber mais uma edição, a oitava, do Empório Soho, Gastronomia na Palma da Mão, que terá a participação de 32 restaurantes e pela primeira vez será realizada em três dias, na sexta-feira (8), das 18h às 22h, no sábado (9), das 12h às 22h e no domingo (10), das 12 às 18h. Desta vez também, barraquinhas extras, como a galeria de arte Teix, bijuterias da Sílvia Döring  e roupas do Jefferson Kulig estarão presentes, e o grupo A Cor do Som é uma das atrações musicais.

Outra prova de que a cidade aprovou essas iniciativas é a feira do Alto Juvevê, que está acontecendo neste momento e vai até amanhã. O bacana da praça Brigadeiro Mário Eppinghauss, que ninguém conhece pelo nome, mas todo mundo sabe onde fica, aposto, porque está entre a Almirante Tamandaré e a José de Alencar, atrás da UFPR, onde é realizada, é que tem atividades para as crianças e beneficia quem mora na região do Juvevê, Cabral, Ahú, Alto da XV e adjacências. Dias 2 e 3, das 11h às 19h.

E comida de rua, depois de um debate com vereadores, cozinheiros, empresários e ambulantes, vai virar lei em São Paulo. Tem curitibano interessado em replicar aqui, o autor do projeto, o vereador Andrea Matarazzo, parece que foi procurado para dar mais detalhes sobre a iniciativa.

Na Europa e nos Estados Unidos também fazem sucesso os trailers, mercados e feiras de rua. Aliás, a ideia veio de lá. Jeito de driblar a crise e estar próximo do consumidor. O sucesso é tanto que o guia Le Fooding elegeu o trailer Le Camion qui Fume como um dos locais top para se comer em Paris, imagine. Marky Ramone, ex-baterista dos Ramones, tem um food truck itinerante, assim como Júnior Durski fez com o seu Madero. Em São Paulo, o festival O Mercado faz sucesso, quer dizer, chefs renomados nessas iniciativas fazem sucesso, vide Gastronomix, nossa feira gastronômica do Festival de Teatro, e a Vinada Cultural no Passeio Público, na qual chefs foram padrinhos dos donos de barraquinhas de rua.

Encerrando o post, escrevo para quem quer saber mais sobre comida de rua: comprem o Street Food Around the World: An Encyclopedia of Food and Culture (Amazon). Mais de cem países estão presentes e o livro de Bruce Kraig e Colleen Taylor Sen ainda tem receitas. Olivia Fraga fala sobre a comida de rua no Brasil. Vamos lá trazer mais iniciativas! Faz tempo, uma amiga que queria abrir um restaurante, mas não queria investir muito, nem trabalhar à noite, me perguntou o quê fazer. Eu disse: monte um trailer, avise no facebook onde você estará, faça comida simples e saborosa, sua especialidade, e pare em frente centros comerciais, repartições e escritórios. Tem tudo pra dar certo. Ela desistiu na empreitada, tomou outro rumo na vida. Fica a dica.