tento resumir e não consigo. posso dizer que foi lindo como ela: a Lis Cereja. com uma paisagem e pessoas igualmente lindas. ah, mas isso não diz nada, imagino o leitor pensando. conto mais.
o encontro reverberou por aqui. e, infelizmente, vou dizer que se você se preocupa com o que come deveria também se preocupar com o que bebe.

Lis tem experiência e tem vontade de ensinar tanto que organiza uma viagem pra Geórgia, berço dos vinhos naturais, e faz a feira Naturebas (há 15 anos) em São Paulo. e ensina. ensina muito. isso já dá pistas do que foi o encontro com ela na Casa Alta, lá em Witmarsum, no sábado retrasado. na última foto, os responsáveis por organizar o curso: a Carol e o Israel. quem tirou e me salvou porque eu tinha pouquíssimas fotos foi a Rafaelle Mendes, da Colônia Witmarsun.

Lis contou que no seu caminho (cursou nutrição e gastronomia) teve a sorte de conhecer pessoas que apresentaram os vinhos biodinâmicos. sorte nossa porque além dessa trajetória ela abriu a Enoteca Saint Vin Saint, um restaurante em São Paulo, no qual pode mostrar tudo o que sabe e defende. recomendo a visita.

ela falou do processo de industrialização, como ter saúde com a alimentação, sobre como é o modo de vida fragmentado, que estamos vivendo, sobre a importância do produtor, a sustentabilidade em alimentos e bebidas e por aí foi.

pois é, vinho é alimento, então precisamos prestar atenção no que estamos tomando. assusta quando ela fala que o álcool é uma toxina (a gente esquece) e que existem centenas de aditivos enológicos usados pela indústria sem que saibamos, diferentemente dos alimentos as bebidas não precisam colocar nos rótulos. a saída? enquanto isso não é exigido (logo a Europa deve mudar a legislação), conhecer quem produz, encontrar bebidas digamos mais “honestas”. é o caminho. os vinhos convencionais são feitos pra agradar, são iguais sempre.

ela propõe repensar o papel da industrialização e o que queremos pra nossa vida. “o orgânico é um movimento de resistência”. não é fácil seguir. vinho natural é de agricultura limpa e vinificação sem insumos. O futuro para a produção é a agrofloresta. ficou interessado?
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