Victor Sziecko, antiquário-decorador, morador de Curitiba, instalou uma dezena de bares, restaurantes e tavernas na cidade, tinha capacidade de decorar estabelecimentos dando ares típicos.
assim foi com a Baviera, uma instituição local. e já nem sei se descobri isso com o livro que tenho em mãos. deve ter sido. tem tudo ali. história da nossa cidade, dos bons tempos com Jaime Lerner e a sua equipe, causos e fatos.
e se eu não tivesse uma pilha de livros me esperando, começaria tudo de novo. um dia volto, tenho certeza.
agora preciso encontrar o Dante Mendonça pra saber o que não está no livro. ele deve ter muita coisa guardada.
curitibanos ou não, para quem vive em Curitiba, é recomendável conhecê-la. a receita é esse passeio pelo A Rua e a Bruma, a Régua e o Compasso.
as páginas saciam a curiosidade e dão assunto pra rodas de prosa.
de quebra entende-se melhor como chegamos assim com ares de metrópole e pinta de suburbana.
salta das páginas a influência dos franceses, com as devidas pinceladas políticas de um tempo vizinho.
tem muito sobre a arquitetura daqui e seus principais mestres e movimentos. tem também as pitadas quentes sobre a noite curitibana e seus personagens. o causo do cantor Júlio Iglesias no Gato Preto é hilária. aposto que pouca gente conhece.
e tem histórias da nossa gastronomia. você vai entender mais sobre os costumes locais, detalhes com humor, tempero com inteligência.
é leitura que vai de sopetão. fácil. também, ele é mestre. a obra é um presente.
Dante Mendonça é colunista do Bom Gourmet que a gente tem de seguir.